MOVIMENTO SOCIAL

Inicialmente, os indivíduos se “movimentavam” em busca de novas terras, já que aquelas nas quais viviam estavam com suas possibilidades esgotadas. Os primeiros movimentos da sociedade são caracterizados pelo “ato ou processo de mover-se”, estando já implícita a necessidade de alguma forma organizativa que os impulsionasse.
Os movimentos sociais são todas as formas de organização que tem como objetivo o bem comum da sociedade. Esses movimentos partem da representação que o individuo simboliza para determinadas situações. Nessas organizações estão, por exemplo, aquelas relacionadas com categorias profissionais, movimentos populares de bairros por melhoria da qualidade de vida, movimento feminista, de juventude. Há uma dialética entre essas várias formas de organização, a partir do momento em que a questão passa a ser discutida na esfera pública. As ações dos movimentos tem como sentido histórico a transformação das relações.
A luta por direitos é parte de um processo de transformação social em busca de igualdade, justiça social, liberdade, etc. Trazendo a reflexão e o debate situações específicas de desigualdades, faz conquistas para manutenção da vida cotidiana, torna visível a diversidade e dos problemas sociais. Há uma heterogeneidade quanto ao posicionamento político desses vários atores entre si, assim como na sua relação. Para além dos movimentos orgânicos, materializados em formas visíveis de proposta e ação, devemos contabilizar, sempre, a transformação das identidades, das esferas de ação, das representações dos indivíduos em geral.
Temos que ter em mente que o processo de representação esta sempre em movimento e se transformando de acordo com o tempo. Portanto, estes processos são tributários dos movimentos, mas que não podem nem devem ser vistos como exclusivamente derivados deles, nem muito menos como "sua propriedade". Como vimos é um processo de transformação que não pertence a ninguém, a nenhuma organização. Desenrola-se, sobretudo, como um legado da sociologia de Durkheim às novas gerações, em movimentos, sejam eles organizados ou não, contribuem para a redefinição do sentido teórico e prático do individuo-sociedade. Ou seja, a representação do individuo para a sociedade ou da sociedade para o individuo, nada além de uma representação que ganha forma através dos movimentos.

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