O ano de 2010 iniciou-se com um prognóstico econômico extremamente negativo, no entanto foi a natureza que demonstrou todo o seu poder. Logo nos primeiros 15 dias de janeiro uma avalanche de lama abalou o estado do Rio de Janeiro e conseqüentemente o Brasil inteiro. Minutos de terror vivido por moradores de ilha grande e angra dos reis. Minutos? Meses? – Não. Foram vidas inteiras transformadas com esse desastre ambiental. Era a natureza mostrando seu poder.
O mundo estava de olhos voltados para a crise norte americana que trouxe “a tira colo” uma desestabilização econômica de proporções globais. No Brasil a “marolinha” chegou realmente de forma branda, mais do que isso, apresentou alguns pontos positivos. Pois para manter a estabilidade e evitar o retraimento do consumismo, o governo reduziu impostos em produtos estratégicos como: Eletrodomésticos, materiais de construção e facilitou o financiamento de automóveis. Em suma, a crise foi bem absorvida pela maioria do povo brasileiro. Essas medidas “positivas” terão reflexos negativos no futuro? - Não sei. Aguardemos.
Crise “controlada”, o estado do rio de janeiro se reconstruindo. Até que a mídia brasileira foge de suas noticias rotineiras e sem impacto ao noticiar que um pequeno e miserável país caribenho (até então desconhecido para a maioria da população brasileira) fora atingido por uma catástrofe. Um terremoto destrói o Haiti, uma catástrofe jamais antes vivida naquele país. País o qual tenho grande ligação; perdi amigos Haitianos, irmãos de farda (exército) que lutavam para melhorar um pouco a vida daquelas pessoas.
Tudo isso aconteceu em menos de seis meses, ainda nos restava torcer por uma redenção do futebol brasileiro na copa do mundo da África do Sul. As eliminações da Itália e principalmente a França (nossa carrasca de 1998 e 2006) a seleção ficou como a única grande potência ainda na disputa. O final dessa história já conhecemos décor. (Felipe Melo, Julio Cezar e Cia Ltda).
Aos trancos e barrancos acordamos da ressaca da copa e já temos outra copa para pensar, 2014 é no Brasil. Afinal isso é positivo ou negativo para o povo brasileiro? Quais serão as reais vantagens de termos milhões de estrangeiros usando e abusando da nossa infantil hospitalidade. Os receberemos de braços e “pernas” abertas e quando chegamos em seus países somos atendidos como bandidos, prostitutas, simplesmente como seres de terceiro mundo. Até quando ou até onde queremos chegar usando essa máscara de “Mãe gentil” que tudo aceita e nada pede em troca. Na minha casa pelo menos, se você me trata mal na sua, na minha você não entrará mais. Então é código de Hamurabi? Não, é apenas respeito com o outro. Acredito que somente nas relações onde existe a troca de experiências é que se evolui.
Por falar em troca, tivemos muita troca na cidade do Rio, especificamente no complexo do alemão e na vila cruzeiro. Troca de tiros mesmo. Quando ninguém mais imaginava que fosse possível que o poder público pudesse entrar em tais comunidades através da policia. O estado carioca se une ás forças armadas e juntos promovem uma incursão militar sem precedentes na história do Brasil. Por minha experiência militar em situação semelhante (Missão de Paz no Haiti) eu sabia que com a participação das forças armadas e todos os seus recursos, tal missão se tornaria relativamente “rápida e tranqüila”. – Tranqüila? Você deve se perguntar e achar que estou louco. Pergunto-lhe então:
- Você viu a morte de algum policial ou inocente durante a cobertura ao vivo da Globo Rio? – Alias. Você viu algum traficante sendo morto pela policia? Eu não vi.
Enfim, o que eu quero dizer é que a mídia brasileira tratou um fato infeliz da nossa história como um reality show e supervalorizou um ato desumano. – Então você reprovou a missão do governo? – Não. No entanto acredito que o povo digno (que é a maioria) daquelas localidades pagou a conta pela omissão do estado (das pessoas que o constituem) durante décadas. Acredito que poderia ter sido evitado, assim como se evitar outras tragédias sociais em outras grandes cidades.
Gostaria de ter feito uma retrospectiva menos negativa de 2010. Gostaria de ter comentado o quanto a nossa educação evoluiu comparada com ela mesma; destacar uma saúde pública menos caótica; uma reforma no código penal; quem sabe brindar uma política com moral, ao contrario, vimos um ano em que a política se transformou publicamente (e sem meias palavras) numa baixaria.
Que venha 2011 e cada um faça a sua parte para assim termos um todo, e que esse todo seja um pouco melhor que 2010.
Feliz 2011e que todos realizem os seus sonhos.
O mundo estava de olhos voltados para a crise norte americana que trouxe “a tira colo” uma desestabilização econômica de proporções globais. No Brasil a “marolinha” chegou realmente de forma branda, mais do que isso, apresentou alguns pontos positivos. Pois para manter a estabilidade e evitar o retraimento do consumismo, o governo reduziu impostos em produtos estratégicos como: Eletrodomésticos, materiais de construção e facilitou o financiamento de automóveis. Em suma, a crise foi bem absorvida pela maioria do povo brasileiro. Essas medidas “positivas” terão reflexos negativos no futuro? - Não sei. Aguardemos.
Crise “controlada”, o estado do rio de janeiro se reconstruindo. Até que a mídia brasileira foge de suas noticias rotineiras e sem impacto ao noticiar que um pequeno e miserável país caribenho (até então desconhecido para a maioria da população brasileira) fora atingido por uma catástrofe. Um terremoto destrói o Haiti, uma catástrofe jamais antes vivida naquele país. País o qual tenho grande ligação; perdi amigos Haitianos, irmãos de farda (exército) que lutavam para melhorar um pouco a vida daquelas pessoas.
Tudo isso aconteceu em menos de seis meses, ainda nos restava torcer por uma redenção do futebol brasileiro na copa do mundo da África do Sul. As eliminações da Itália e principalmente a França (nossa carrasca de 1998 e 2006) a seleção ficou como a única grande potência ainda na disputa. O final dessa história já conhecemos décor. (Felipe Melo, Julio Cezar e Cia Ltda).
Aos trancos e barrancos acordamos da ressaca da copa e já temos outra copa para pensar, 2014 é no Brasil. Afinal isso é positivo ou negativo para o povo brasileiro? Quais serão as reais vantagens de termos milhões de estrangeiros usando e abusando da nossa infantil hospitalidade. Os receberemos de braços e “pernas” abertas e quando chegamos em seus países somos atendidos como bandidos, prostitutas, simplesmente como seres de terceiro mundo. Até quando ou até onde queremos chegar usando essa máscara de “Mãe gentil” que tudo aceita e nada pede em troca. Na minha casa pelo menos, se você me trata mal na sua, na minha você não entrará mais. Então é código de Hamurabi? Não, é apenas respeito com o outro. Acredito que somente nas relações onde existe a troca de experiências é que se evolui.
Por falar em troca, tivemos muita troca na cidade do Rio, especificamente no complexo do alemão e na vila cruzeiro. Troca de tiros mesmo. Quando ninguém mais imaginava que fosse possível que o poder público pudesse entrar em tais comunidades através da policia. O estado carioca se une ás forças armadas e juntos promovem uma incursão militar sem precedentes na história do Brasil. Por minha experiência militar em situação semelhante (Missão de Paz no Haiti) eu sabia que com a participação das forças armadas e todos os seus recursos, tal missão se tornaria relativamente “rápida e tranqüila”. – Tranqüila? Você deve se perguntar e achar que estou louco. Pergunto-lhe então:
- Você viu a morte de algum policial ou inocente durante a cobertura ao vivo da Globo Rio? – Alias. Você viu algum traficante sendo morto pela policia? Eu não vi.
Enfim, o que eu quero dizer é que a mídia brasileira tratou um fato infeliz da nossa história como um reality show e supervalorizou um ato desumano. – Então você reprovou a missão do governo? – Não. No entanto acredito que o povo digno (que é a maioria) daquelas localidades pagou a conta pela omissão do estado (das pessoas que o constituem) durante décadas. Acredito que poderia ter sido evitado, assim como se evitar outras tragédias sociais em outras grandes cidades.
Gostaria de ter feito uma retrospectiva menos negativa de 2010. Gostaria de ter comentado o quanto a nossa educação evoluiu comparada com ela mesma; destacar uma saúde pública menos caótica; uma reforma no código penal; quem sabe brindar uma política com moral, ao contrario, vimos um ano em que a política se transformou publicamente (e sem meias palavras) numa baixaria.
Que venha 2011 e cada um faça a sua parte para assim termos um todo, e que esse todo seja um pouco melhor que 2010.
Feliz 2011e que todos realizem os seus sonhos.
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