Afinal, o que é saúde?

Ao longo da história, o conceito de saúde e doença transformou-se de acordo os conhecimentos médicos e culturais de cada época. Um exemplo dessas mudanças é o fato de que, na história recente, estar acima do peso era sinônimo de saúde. Quem nunca ouviu, principalmente dos mais velhos, a expressão: - “Tá gordinho! Tá com saúde!” Hoje, com o avanço da tecnologia e o grande número de pesquisas, sabe-se que o sobrepeso causa mais problemas à saúde do que benefícios. Como consequência das pesquisas, surgiram inúmeros conceitos sobre o que “é saúde e o que é doença”. Dentre esses, destacaremos os três mais difundidos na mídia: 1- é o estabelecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) que entende a doença como sendo um perfeito bem-estar físico, mental e social; 2- é a concepção de saúde como ausência de doença e a doença como ausência ou diminuição da saúde; 3- existe a ideia de doença como a perda do conforto físico ou bem estar. A partir do exposto acima, surgem alguns pesquisadores na oposição de tais interpretações, justificando que as referidas concepções apresentam-se incompletas ou excludentes. Desta forma, inseriram no conceito de saúde e doença aspectos de causa mais flexíveis, tais como os fatores psicológicos, sociais e biológicos. Apesar do empenho na busca um conceito universal, o único consenso entre os especialistas é o de que a doença e saúde não são condições estáveis, ou seja, não se vive permanentemente doente ou permanentemente saudável, o que torna, assim, a saúde ou a doença um entendimento muito particular de cada individuo.

ALBUQUERQUER, Carlos Manoel de Sousa. OLIVEIRA, Cristina Paula Ferreira de. Instituto Politécnico de Viseu. Saúde e Doença: Significações e Perspectivas em Mudança. Janeiro 2002; nº25.
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