Atualmente, tenho
ouvido falar em liderança o tempo inteiro, em todos os níveis hierárquicos e
sociais. Hoje, o jovem entra no mercado de trabalho com a ambição de liderar,
alguns nem sabem o que significa “liderar”, mas estão ali, segundo eles,
prontos para atuarem nos altos escalões. Para termos uma ideia, uma pesquisa
realizada em 2010 mostrou que os jovens mesmo sabendo das vantagens e das desvantagens
da liderança, 98% dos entrevistados no Brasil sinalizaram a intenção de se
tornarem lideres. Porém, vale ressaltar que uma das situações abordadas pelos
profissionais de Recursos Humanos é justamente a escassez de lideranças. Dessa
forma, podemos entender que muitos trabalhadores da geração Y almejam a
liderança. Percebem-se como lideres, mas na prática poucos detêm as habilidades
profissionais e pessoais necessárias para tal. Na concepção dos jovens
trabalhadores brasileiros, a principal desvantagem de liderar é o peso da
responsabilidade do líder e a expectativa, por vezes utópica, da infalibilidade
do líder. Durante a pesquisa surgiu outra grande preocupação, que era a
possibilidade de um cargo de liderança aumentar o estresse e reduzir a
qualidade de vida pessoal dos entrevistados.
Para finalizar a
pesquisa, os entrevistados apontaram alguns lideres aos quais mais admiravam,
entre em ordem de classificação estão: Roberto Justus, Obama, Lula, Steve Jobs,
Erike Batista, Bernardinho, Abílio Diniz, Bill Gates, Silvio Santos,
Chefe/Gestor. Neste ranking estão líderes da atualidade. O primeiro entre os 10
principais da amostra impressiona pelo empreendedorismo, competência,
inteligência e visão de negócios. Em segundo e terceiro lugares, os lideres
citados são compreendidos pelos entrevistados como exemplos de persistência,
determinação, humildade, inteligência e capacidade de superação.
Sou da geração Y e
acredito que esta é uma geração forte, determinada e que tem forte influência no desenvolvimento econômico do Brasil. Todavia, minha critica fica
na discrepância entre a forma que os jovens profissionais da minha geração se
veem o como o mercado de trabalho os analisa. A maioria se vê como alguém
preparado para grandes cargos por terem terminado um curso Superior (Pós, MBA...),
mas como a pesquisa mostrou, temem as responsabilidades dos cargos e de perderem
qualidade de vida. Isso sugere o quanto essa geração, muito
bem capacitada tecnicamente, ainda precisa amadurecer e assim se tornarem capazes de
lidar com os conflitos organizacionais.
Fonte: Pesquisa realizada
pela HSMManagement em 2010, a qual deu origem ao artigo:
Empresas dos sonhos e
outras aspirações dos jovens.
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