Diferença entre Senso Comum e Produção Científica


Essa postagem tem o objetivo de discutir a diferença entre Senso Comum e Produção Cientifica. Como referência utilizei o texto escrito por Elsbeth Vetsch que representa o conhecimento não científico (Senso Comum) e o artigo escrito por ABS DA CRUZ e MONTEIRO, 2010, p. 419-426, a partir de uma pesquisa cientifica. Os dois trabalhos discorrem a cerca do desemprego e suas implicações aos indivíduos.

Senso comum X Pesquisa Científica


Percebe-se que o texto “Desemprego” do site Encontre a paz é oriundo de um entendimento individual, apresenta-se como resultado de experiências vividas pelo próprio autor. Não apresenta qualquer tipo de enquadramento metodológico, carece de bibliografias que comprovem que tais atitudes ou sentimentos são sintomas do desemprego; não oferece resultados que comprovem a eficácia das instruções apresentadas. Finalmente apresenta-se de forma generalista ao sinalizar possíveis soluções às aflições do indivíduo em situação de desemprego, ignorando todo e qualquer tipo de individualidade. Em contrapartida ao texto descrito acima, aparece publicação “Praticas da psicologia clinica em face do sofrimento psíquico causado pelo desemprego contemporâneo”, tal artigo escrito por Abs e Monteiro apresenta-se como fruto de uma pesquisa enquadrada nos padrões de metodologia cientifica. Primeiramente é um estudo sistemático, apresenta um “Objetivo” (Estudar o entendimento dos psicólogos sobre o fenômeno desemprego...); uma Metodologia (entrevistas com psicólogos); Abrangência (Região metropolitana de Porto Alegre-RS); apresenta os Resultados obtidos (Faltam profissionais na área e conseqüentemente destaca a falta de publicações na respectiva área) e finalmente descreve as Bibliografias utilizadas.
 
 Considerações finais 
O emprego através da sua significação para a vida do homem contemporâneo adquire o status de organizador do cotidiano, das ralações e até mesmo da constituição da identidade (CASTELHANO2005). Conclui-se através desta analise comparativa uma evidente incompatibilidade entre as abordagens citadas. Todavia, apesar das divergências explicitas observa-se um entendimento em comum, o desemprego é um fenômeno nocivo à saúde psicossocial do homem contemporâneo.
 

Bibliografia

 ABS DA CRUZ, Daniel; MONTEIRO, Jeanine Kieling.  Praticas da psicologia clinica em face do sofrimento psíquico causado pelo desemprego contemporâneo. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 15, n. 2, p. 419-426, abr./jun. 2010.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722010000200021&script=sci_arttext

CASTELHANO, Laura M. O medo do desemprego e a(s) nova(s) organizações de trabalho. Revista Psicol. Soc. v.17 n.1 Porto Alegre jan/abr. 2005, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Elsbeth Vetsch. Desemprego. Disponível em http://www.apaz.com.br/mensagens/desemprego.html, acessado em 23/08/2011.

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