A psicanalise não entende o amor como um conceito,
porém foi utilizado de diferentes formas na obra Freudiana. O amor aparece como
tensão, estando em determinados momentos ligado aos aspectos do ego e seu ideal
narcísico e em outros momentos ligados a pulsão. Abaixo alguns autores
psicanalistas e as formas com que descreveram o amor em suas obras.
Amor primitivo, amor verdadeiro. Alda Regina Dorneles Oliveira; Rev. bras. psicanálise v.41 n.4 São Paulo dez. 2007.
O
mal-estar na civilização - Freud, Sigmund, Vol. XXI, Rio de Janeiro: Imago, Ed. Standard Brasileira das Obras Completas, 1974.
Amor primitivo: É o amor
que não mede consequências, sendo assim é um amor a si mesmo. Amor possessivo,
ciumento, dependente, agressivo, sincero e ingênuo. Atualmente o chamaríamos de
amor patológico, para Winnicott essa forma de amar tem espaço no
desenvolvimento humano, mas antes do desenvolvimento da capacidade de medir as
consequências.
Amor verdadeiro, (Bion e Melanie
Klein): O amor verdadeiro aparece como a evolução do amor primitivo, não que
esse desapareça, mas o amor verdadeiro é quanto o outro passa a existir realmente.
Ou seja, quando o self reconhece e respeita a existência do outro.
Amor de transferência, (Freud): É o amor
que tenta reeditar as relações da infância e transfere esse amor para alguém,
um objeto ou o analista (nesse caso transferência analítica).
Amor adolescente, (Winnicott): O amor adolescente é uma tentativa de
encontrar a identidade, o jovem vê no outro o ideal do eu e tem o outro como o
objeto de suas aspirações, o que é muito comum no amor apaixonado, quando a
pessoa o indivíduo passa a se amar no outro.
Amor com o outro, (Freud): Freud
entende que amar o outro depende do interesse do outro em ser amado. Condena
veementemente as tentativas “religiosas” que tratam o amor ao próximo como uma
imposição. Por varias vezes em seu livro “Mal estar na civilização” utilizou o
mandamento “Amar o próximo como a si mesmo” para argumentar a sua posição. Ele
entende que se o outro quer ser amado por mim, esse precisa merecer e me
valorizar.
BibliografiasAmor primitivo, amor verdadeiro. Alda Regina Dorneles Oliveira; Rev. bras. psicanálise v.41 n.4 São Paulo dez. 2007.
O
mal-estar na civilização - Freud, Sigmund, Vol. XXI, Rio de Janeiro: Imago, Ed. Standard Brasileira das Obras Completas, 1974.
Um estudo sobre o amor: Dialogos entre
Sigmum Freud e Erich Fromm; Adriano Schlösser, Daniel David Dalfovo, Josiane
Delvan da Silva Delvan; Psicologia e argumento; Curitiba, V 30; n.70; p. 567-573. Jul/set 2012.
* Imagens da internet.
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