I have a dream / Eu tenho um sonho

         O brasileiro adora complicar as coisas e os negros são muito complexados. Agora tudo é racismo. Hoje, nem se pode mais chamar um negro de “MACACO” que é injuria; Agora as torcidas não podem nem chamar os jogadores dos times adversários de “NEGUINHO FEDIDO” que é crime. Há alguns dias uma universitária de Porto Alegre viu um casal de negros em um carro de luxo e disse:

- Só pode ser roubado ou do patrão.

Vocês acreditam que essa brincadeira foi divulgada na mídia como racismo? Onde vamos parar?

       Recentemente em um seminário em sala de aula uma colega que presta assessoria a uma grande empresa do vale dos sinos disse que a referida empresa não contrata negros para o seu quadro funcional. Alguns podem pensar que é discriminação, mas é só uma questão de OPÇÃO.  Outro dia, uma amiga negra que é enfermeira foi aconselhada pela sua supervisora a “ALISAR” o cabelo. Não é por racismo, não entendam a supervisora mal, é apenas para parecer mais higiênico.

Os mais racistas são os próprios negros e eles se fazem de vítima o tempo todo pois vivemos em um país miscigenado, sem racismo, cordial e dócil. Os negros nunca foram impedidos de estudar, sempre puderam fazer as mesmas coisas que os brancos. Além do mais, falam tanto do período da escravidão que nem foi tão sofrido assim. Debret é que alucinava em seus “desenhos”, Castro Alves é que exagera no trecho abaixo retirado do Poema Navio Negreiro.

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!

Com isso quero dizer que os discursos individuais citados acima é uma negação da realidade, um lugar onde se coloca a agressividade, discriminação e racismo em um lugar de “NORMALIDADE”. Enquanto esse ódio disfarçado esta no indivíduo, ele é menos nocivo, porém quando esses fatos passam acontecer em grupos como em estádios de futebol passa a ser efetivamente arriscado.
Mas, apesar de tudo;
 "Eu tenho um sonho que minhas duas pequenas crianças (uma negra e a outra branca) vão um dia viver em uma nação brasileira onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje, 2014!"
Adaptado de Marthin Luther King, 1963.

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