É isso mesmo, privatiza que funciona, pelo livre comércio, estado mínimo...
Compreendo e tem fundamento o argumento de que na iniciativa privada as coisas acontecem mais rápido, em muitos casos, com mais qualidade, não serviria de cabides de empregos de maus políticos, sem investimento de dinheiro público entre outras vantagens. Porém entendo que nada é absoluto ou apresenta apenas pontos positivos, além da necessidade de uma nação economicamente madura e menos desigual. De qualquer forma trarei para reflexão alguns pontos negativos de "privatizar tudo"; o primeiro deles é a venda de bens de domínio e interesse público, afinal toda empresa visa atender a uma necessidade. Segundo, é o fato de que a necessidade as quais as empresas públicas atendiam precisarão ser atendida e é claro que serão, mas com o preço fixado pelo mercado (veja o exemplo SUS que sofre constantes críticas... Imaginem se esse serviço for privatizado, está claro e evidente que a maioria não poderá pagar por um atendimento de média e alta complexidade).
Para aprofundar a idéia de que não é tão simples a solução, li recentemente uma entrevista do economista Ha-Joon Chang da universidade de Cambridge para o Elpais-Brasil em janeiro de 2018 onde afirmou que defende o protecionismo nos países emergentes pois as nações mais poderosas fizeram isso até se tornarem ricas o suficiente para o livre mercado. Pelo viés financeiro, a Folha de São Paulo publicou um estudo com os valores totais arrecadados na situação hipotética de privatizar tudo e o valor total aproximado de arrecadação seria 400 a 500 bilhões. Segundo o mesmo estudo, esse valor é menor que a sonegação fiscal das empresas brasileiras em 1 ano. Que tal começar a cobrar esses grandes devedores e com esse dinheiro fortalecer as empresas públicas e combater a corrupção?
Eu mesmo respondo, boa parte dessas empresas desejam comprar empresas públicas ou atuam no nicho de mercado delas, alem de patrocinarem eleições milionárias e não fazem isso de "graça".
Percebo que as privatizações serão superficiais (na linha do tempo de uma nação) pois atacam os sintomas e não a raiz do problema. É como querer curar o câncer com analgésicos, faz parte do tratamento, mas nunca será solução.
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