Eu preciso falar

Nos últimos meses me furtei ao direito constitucional de expor minha opinião em relação ao atual governo. Foi uma decisão que teve como objetivo de me proteger de agressões verbais desnecessárias, desprovidas de argumentação em fatos e pouco lógicas, além de avaliar que os absurdos são tantos, com grau de estupidez crescente e com periodicidade incrível que apostei na capacidade humana de refletir sobre fatos. Entretanto, isso não esta acontecendo pois vejo que existem pessoas cada vez mais dispostas a defender absurdos com fortes indícos de corrupção, cortes/bloqueios bilionários na saúde e educação, desrespeito a ciência, a história, a vida e a morte. Vimos um homem com quase 40 anos "chorar" sobre a bandeira do Brasil para se justificar de acusações rubustas de corrupção ser chamado de moleque e ter sua conduta suspeita protegida irrestritamente por milhões de seguidores, mesmos seguidores que defendem sanguíneamente a redução da maior idade penal pra 16 anos e a pena de morte tendo o agentes públicos como promotores, juizes e carrascos ao mesmo tempo. Irônicamente,  significativo percentual desses seguidores se autointitulam cristãos, francamente, existem tantas incoerências entre discurso e prática que é difícil ver um pouco de lógica nessa moral cristã.

Depois vem a pauta da educação, no início foram cortes nas universidades e institutos federais com a justificativa/desculpa de falta de prestação de contas dos gastos, depois substituiram a palavra corte por contingencionamento e uma nova proposta de investir na educação básica, promessa também não cumprida e o pior, novos cortes travestidos de contingencionamentos. Nos últimos dias lemos sobre mais cortes nas bolsas CNPq que estimulariam a pesquisa cientifica que garantiria o avanço em várias áreas como saúde, indústria e tecnologia, além de oportunizar aos jovens e competentes, alguns que, sem as bolsas não poderão financiar seus estudos . Mas quem se importa com isso?
Eu preciso falar e falo embasado em dados, pesquisas, notícias de diversos veículos sérios de cominicação de que, com a bandeira de combate a corrupção que iludiu muita gente de bom coração, agora vemos a desconstrução da educação pública, desconstrução da imagem externa da oitava economia do mundo (que já foi sexta) e a fortes interferências PF, COAF e PGR.
Que a capacidade crítica retorne antes que não tenhamos capacidade alguma.

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