A balbúrdia nos socorrerá


Para falar do momento mundial, especialmente, no momento brasileiro e atenção total ao coronavirus, para falar da importância da ciência posso retomar o ditado popular de que "aqui se faz(fala) aqui se paga" e atualmente temos um presidente que fala demais e faz de menos. Por falar demais, ele já desdenhou a importância da ciência e pior que isso, agiu nós últimos anos para denegrir a imagem dos pesquisadores. Inclusive acusou as universidades federais, onde a maioria absoluta de pesquisas são realizadas, de promoverem a balbúrdia. Essa é a fala dos seus ministros, grupos antivacinas e aliados, como um tal guru, que afirmou que as universidades brasileiras só sevem para reunir jovens para fumarem maconha e fazerem suruba.


Eis que pouco tempo se passa e surge um novo vírus, e o presidente, ah o presidente, alega que o vírus não é tudo isso, que é um exagero da mídia. Uma semana depois, o falastrão aparece de máscara, fazendo testes para confirmar ou não se estava contaminado. É tipo voltar muitos séculos onde o que vale é o "só acredito vendo", afinal ciência pra que? Complementando o pensamento medíocre e egoísta dessas lideranças a qual estamos subordinados, vem o ministro da economia e diz "se combatermos o vírus mudando a rotina  a economia cai (como se estivéssemos crescendo), se mantivermos a rotina a economia se mantém", em outras palavras, ele não está preocupado se pais e avós, bisavós, principais alvos fatais do vírus vão morrer, ele está preocupado exclusivamente com os indicadores da economia. Nem os EUA teve atitude tão selvagem quanto as lideranças brasileiras.
Hoje, nossas esperanças estão na ciência tão atacada por esta gestão que precisará se dobrar a competência dos nossos pesquisadores. Eis que a balbúrdia, mais uma vez, nos socorrerá!

Me sigam @everton.gaide.escritor

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