O mundo não precisa de pais perfeitos

    No próximo domingo comemoraremos o dia dos pais e sempre quando chega esta data me pego lembrando dos momentos que vivi com o meu. Meu pai foi um homem de muito caráter, extremamente trabalhador. Infelizmente pelas necessidades da vida não pode estudar mais que a terceira série do ensino fundamental, apesar de ser semianalfabeto, adquiriu grande sabedoria. Nos dava os conselhos certos nas horas certas e com a intensidade necessária. Crescemos ouvindo muitos “NÃOS” enfáticos e de fato, dali ninguém passava. Era carinhoso, costumava nos beijar e nos apertar, jamais chegava em casa de mãos vazias, uma bala ou uma fruta que achara no caminho. Adorava contar histórias das “antigas”.

Ele, assim como qualquer um de nós não foi perfeito, cometeu erros importantes, mas nem por isso deixou de ser o definidor do caráter dos seus quatro filhos. Tanto é que, recentemente escrevi outra crônica em que ele foi o personagem central e nesta crônica mencionei que hoje, ao me olhar no espelho, ao observar as minhas características ao lidar com a paternidade, além das características físicas, percebo que cada dia sou mais ele que eu. 
Meu pai teve uma vida curta, perdeu a vida em 2010 em um acidente de transito aos 48 anos, todavia não o recordo com pesar ou tristeza, pois hoje, um pouco mais maduro que a há 10 anos, entendo que ele cumpriu bem a sua missão difícil de ser PAI.
Gostaria que você que lê esta crônica olhasse para o seu pai e veja o legado positivo que ele deixou em você e se você já é pai, não se preocupe em se tornar super-herói, o cara perfeito que tem as respostas e os presentes certos. Lamento te informar, você não vai conseguir! Porém ame seus filhos, eles lembrarão dos momentos mais afetuosos e não dos melhores presentes.
O mundo não precisa de pais perfeitos, precisa de pais que assumam a responsabilidade de serem, apenas, PAIS.

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