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Por muitos anos a história que ouvia sobre meu povo me incomodava…nas aulas de história, nos livros o povo negro sempre aparecia como o “escravo”... na dramaturgia, raramente apresentava o negro como protagonista da história desse país que conta com mais de 50% de negros e pardos. No vale dos sinos, os negros contabilizam mais de 105 mil habitantes (13% da população) e o que estudamos sobre a história dessas 105 mil pessoas nas escolas? Por exemplo, se eu te perguntar: Qual é a contribuição do negro para a história do Brasil? Provavelmente você lembrou do samba, futebol, capoeira... (áreas culturais e esportivas) que são importantes, mas quero que pense na contribuição dos nossos ancestrais na economia, educação, tecnologia, literatura, engenharia, sociologia, estratégias militares, agropecuária e direitos humanos. Você, eu e toda a população brasileira tem dificuldade de apontar referências negras nessas áreas, mas elas existiram e existem, mas foram apagadas da história formal. O povo afro-brasileiro vive a sombra de uma história mal contata que o estereotipou. Felizmente, nos últimos anos, com a democratização da informação, principalmente pelo aumento exponencial do acesso à internet e movimentos de grandes órgãos internacionais como a UNESCO que disponibiliza bibliografias sobre a história pudemos encontrar fatos incríveis e um protagonismo de homens e mulheres negras que nos enchem de orgulho. No Brasil, também existe uma nova geração de intelectuais como Djamila Ribeiro, Silvio de Almeida, Jeferson Tenório, Luana Janot entre outros que produzem reflexões importantes sobre esse tema. Felizmente nossa geração e as próximas terão muito mais contato com protagonista negros que as gerações anteriores. Elucidar a história e projetar um futuro mais rico, diverso e justo para todas as etnias, com mais empatia e respeito. Por isso existe o mês da consciência negra discutirmos estas questões nos vários espaços públicos e privados. Todos nós podemos contribuir, simplesmente ouvindo uma nova perspectiva sobre a nossa própria história que trará reconhecimento e empatia para nos unir.
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