Assim que puder, tome a vacina

Em março de 2020, aqui nesta mesma coluna postei que a ciência, que no Brasil tem sua principal força nas universidades federais, nos salvaria da pandemia. Lembro que naquele momento essas universidades eram atacadas fortemente pelo ministro da educação e o governo federal com acusações de que eram lugares de balbúrdia. Além disso, na prática, o governo federal retirou milhões de reais do seus orçamento para 2020 e 2021. Em contrapartida, naquele mesmo março, pesquisadores brasileiros haviam acabado de mapear o código genético do coronavirus que é considerado um dos primeiros passos para se produzir vacinas.


Eis que ao final do ano, pelo menos quatro vacinas (AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, Coronavac/Butantã, Sputnik V, Pfeizer) com o envolvimento de uns 6 ou 7 países entre esses o Brasil se mostram promissoras. Porém, apesar do Brasil ser referência mundial em vacinação e que todos nós já passamos por inúmeras vacinações, hoje, em plena era da informação, vemos uma forte corrente negacionista a respeito dos benefícios da vacinação e pasmem, negação do próprio vírus que já ceifou mais de 200 mil vidas, mais de 200 mil famílias já perderam alguém que amavam. Isso é quase uma Novo Hamburgo inteira morta. 
Temos as vacinas para comemorar e agradecer a população que em sua grande maioria se previne, evita aglomerações desnecessárias, respeita seus limites, a ciência e assim que puderem tomarão suas vacinas, seja lá de qual nacionalidade for, afinal, toda e qualquer vacina ou medicação só pode ser utilizada no Brasil após aprovação da Anvisa, órgão responsável por atestar a eficácia destes. Esqueça os negacionistas, ouça a ciência e assim que puder, tome a vacina.

@everton.gaide.escritor

Comentários